O Quinhentismo e o Barroco - TEXTO COM CONTEÚDO COMPLETO


O QUINHENTISMO E O BARROCO
O QUINHENTISMO
 
INTRODUÇÃO
O Quinhentismo foi o primeiro movimento literário no Brasil. Em relação aos demais, sua importância é um tanto quanto menos expressiva na literatura, por não apresentar nenhum escritor brasileiro; ou, ainda, nenhum "escritor". Apesar disso, muitos dos maiores vestibulares do país pedem que seus vestibulandos tenham conhecimento desta matéria. Além disso, serve também como conhecimento geral para aqueles que gostam do assunto. O movimento iniciou-se com o "ínicio" do Brasil, isto é, seu descobrimento.Seu fim foi marcado pela publicação de Prosopopéia, de Gonçalves de Magalhães, que já tinha algumas tendências barrocas.
Características do Quinhentismo :
Havia dois tipo: A Literatura de Informação e a Literatura de Catequese.A Literatura de Informação Baseava-se nos padrões estéticos medievais, entretanto, nas crônicas de viagem, como também eram chamados os textos produzidos neste momento histórico, os valores do classicismo são evidentes:as obras eram lidas principalmente na Espanha e em Portugal, para satisfazer a curiosidade dos europeus sobre a Nova Terra e, como não poderia deixar de ser, escritas por comerciantes, militares e viajantes também europeus que, em sua maioria, desejavam enriquecer facilmente.Nas obras era evidente a opinião do autor; sempre achando que a nova colônia representava uma grande fonte de lucro para os cofres portugueses.Registra o impacto da nova terra sobre o europeu descobridor ou observador.Foi dividida em três classes: Prosa, Poesia, Teatro.
Já a Literatura de Catequese é aquela que marcou os primeiros anos de produção literária no Brasil, logo depois da descoberta do país e do início da colonização portuguesa. Esse tipo de literatura vigorou durante todo o período do Brasil Colônia com o objetivo de catequizar os nativos brasileiros por meio das palavras dos padres jesuítas.Esse tipo de produção literária buscava preservar as conquistas portuguesas a partir da espiritualidade. O propósito era trazer novas almas para a Igreja Católica.No Brasil, esse tipo de literatura passou a prevalecer a partir de 1549. Os textos tinham a missão de defender a fé católica.
                                      
AUTORES
Quinhentismo:

        PADRE JOSÉ DE ANCHIETA
                     Nascido em 19 de Março de 1534  em Tenerife nas  Ilhas Canárias ,  o futuro padre tinha como pais João López de Anchieta (natural de Urrestilla, bairro da localidade de Azpeitia, em GuipúscoaPaís Basco) e  Mência Diaz de Clavijo y Llarena, descendente da nobreza canária.Tinha parentesco com o fundador da Companhia de Jesus e depois se ingressou na mesma.
                   Anchieta viveu com a família até aos quatorze anos de idade, quando se mudou para Coimbra, em Portugal, a fim de estudar filosofia no Real Colégio das Artes e Humanidades, anexo à Universidade de Coimbra. A ascendência judaica foi determinante para que o enviassem para estudar em Portugal, uma vez que na Espanha, à época, a Inquisição era mais rigorosa. Ingressou na Companhia de Jesus em 1 de Maio de 1551 como noviço.
                    Tendo o padre Manuel da Nóbrega, Provincial dos Jesuítas no Brasil, solicitado mais braços para a atividade de evangelização do Brasil o Provincial da Ordem, Simão Rodrigues, indicou, entre outros, José de Anchieta. Desde jovem, Anchieta padecia de tuberculose óssea, que lhe causou uma escoliose, agravada durante o noviciado na Companhia de Jesus. Este fato foi determinante para que deixasse os estudos religiosos e viajasse para o Brasil. Aportou em Salvador a 13 de Julho de 1553, com menos de 20 anos de idade.Anchieta ficou menos de três meses em Salvador, partindo para a Capitania de São Vicente no princípio de outubro, com o padre jesuíta Leonardo Nunes, onde conheceria Manuel da Nóbrega e permaneceria por doze anos. Escreveu a primeira gramática sobre uma língua do tronco tupi: a "Arte da Gramática da Língua Mais Falada na Costa do Brasil", que foi publicada em Coimbra em 1595.
No seguimento da sua ação missionária, participou da fundação, no planalto de Piratininga, do 
Colégio de São Paulo, um colégio de jesuítas do qual foi regente, embrião da Cidade de São Paulo, junto com outros padres da Companhia, em 25 de Janeiro de 1554, recebendo este nome por ser a data em que se comemora a conversão do Apóstolo São Paulo. Esta povoação contava, no primeiro ano da sua existência com 130 pessoas, das quais 36 haviam recebido o Batismo
Sabe-se que a data da fundação de São Paulo é o dia 25 de Janeiro por causa de uma carta de Anchieta aos seus superiores da Companhia de Jesus, na qual diz:
A 25 de Janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos, em paupérrima e estreitíssima casinha, a primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo, e, por isso, a ele dedicamos nossa casa!
O religioso cuidava não apenas de educar e catequizar os indígenas, como também de defendê-los dos abusos dos colonizadores portugueses que queriam não raro escravizá-los e tomar-lhes as mulheres e filhos
                Em 1566, foi enviado à Capitania da Bahia com o encargo de informar ao governador Mem de Sá do andamento da guerra contra os franceses, possibilitando o envio de reforços portugueses ao Rio de Janeiro. Por esta época, foi ordenado sacerdote aos 32 anos de idade.
Dirigiu o Colégio dos Jesuítas do Rio de Janeiro por três anos, de 1570 a 1573. Em 1569, fundou a povoação de Reritiba (ou Iriritiba), atual Anchieta , no Espírito Santo. Em 1577, foi nomeado Provincial da Companhia de Jesus no Brasil, função que exerceu por dez anos, sendo substituído em 1587 a seu próprio pedido. Retirou-se para Reritiba, mas teve ainda de dirigir o Colégio do Jesuítas em Vitória, no Espírito Santo. Em 1595, obteve dispensa dessas funções e conseguiu retirar-se definitivamente para Reritiba onde veio a falecer, sendo sepultado em Vitória.

               
PERO VAZ DE CAMINHA
               
Supõe-se, porém, que seu nascimento tenha ocorrido em 1450, pois não há documentos a respeito de seu nascimento.Seria natural do Porto, uma cidade evidentemente portuária, a noroeste da Península Ibérica, de grande importância entre os séculos 13 e 16. Nela, Pero Vaz teria se criado durante maior parte de sua vida.
Filho de Vasco Fernandes Caminha, fidalgo e escrivão ligado aos empreendimentos ultramarinos, deve ter sido educado pelo pai, que o orientou a seguir a mesma profissão que a sua. A partir da análise da "Carta do Achamento do Brasil os estudiosos presumem que Pero Vaz tivesse uma formação cultural sólida, de acordo com os padrões da época, já que o texto demonstra erudição e estilo.
Caminha também foi eleito vereador em sua cidade, em 1497, com a missão de redigir os capítulos da Câmara do Porto, uma espécie de constituição local a ser apresentada à Corte, em Lisboa.
Caminha foi casado e pai de uma filha, Isabel de Caminha, que se uniu a um certo Jorge Osório, homem violento que acabou condenado ao exílio na África pela prática de assalto a mão armada. É por ele que o escrivão intercede, ao final da célebre Carta, pedindo ao rei que lhe mande o genro de volta a Portugal.
Nada mais se sabe sobre Pero Vaz de Caminha até sua nomeação para o cargo de escrivão da armada de Cabral, aos cinquenta anos. Também não se conhecem ao certo as circunstâncias em que ela ocorreu. Mas não há dúvida de que o cargo revela prestígio e confiança junto à Corte portuguesa.
Caminha exerceu a função durante a viagem, mas devia depois fixar-se na Índia, como escrivão da feitoria portuguesa em Calecute, que talvez se tornasse um dos mais lucrativos entrepostos no Oriente. Nem isso aconteceu, nem o escrivão da armada chegou a ocupar o cargo. Diante da hostilidade dos habitantes de Calecute à sua frota, Cabral reagiu com grande violência. Invadiu a cidade e massacrou sua população.
Os indianos enfrentaram os portugueses, matando vários deles, entre os quais, o escrivão Pero Vaz de Caminha, que morreu em combate, em dezembro de 1500





PRINCIPAIS OBRAS DO QUINHENTISMO

A Carta A El-Rei D.Manuel - A Carta é exemplo do deslumbramento do europeu diante do Novo Mundo. Contudo, apresenta informações equivocadas.
Em princípio, Caminha pedia desculpas pela Carta, a qual considerava "inferior". O escrevente documenta os traços de terra e o momento de vista da terra (quando se avistou o Monte Pascoal, a que deu-se o nome de Ilha de Vera Cruz).
Os portugueses seguem até a praia, onde acontece o primeiro contato com os índios, quando os portugueses praticam o primeiro escambo com os índios brasileiros. Menciona-se também o pau-brasil e é narrada a Primeira Missa na nova terra.
Escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral, Caminha enviou a carta para o rei D. Manuel I para comunicar-lhe o descobrimento das novas terras. Datada de Porto Seguro, no dia 1 de Maio de 1500, foi levada a Portugal por Gaspar de Lemos, comandante do navio de mantimentos da frota.
A Carta conservou-se inédita por mais de dois séculos no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, em Lisboa. Foi descoberta, em 1773 por José de Seabra da Silva e publicada pelo historiador Manuel Aires de Casal na sua Corografia Brasílica.
A Arte de Gramática da Língua mais usada na costa do Brasil foi escrita pelo padre José de Anchieta, da Companhia de Jesus, na segunda metade do século XVI
Temos notícia de que, já em 1556, era usada uma versão manuscrita desta Gramática no Colégio da Bahia. O livro acabou sendo impresso apenas em 1595, dois anos antes de sua morte. Segundo a licença de Agostinho Ribeiro, “serviria muito para melhor instrução dos catecúmenos e aumento da nossa cristandade daquelas partes e para com mais facilidade e suavidade se plantar e dilatar nelas nossa Santa Fé”.
Anchieta, que missionou no Brasil desde 1553, notava (como seus contemporâneos) a grande semelhança da língua falada pelos indígenas do litoral: os tupis. Em uma carta de 1584, ele observa que todos os povos do litoral “têm uma mesma língua que é de grandíssimo bem para a sua conversão”. Seriam assim povos cuja identidade estaria associada à língua geral, como os jesuítas chamavam o “tupi universal” que inventaram. Ao lado da inegável semelhança de todos os dialetos tupis, o agrupamento das diversas “castas” resolveu-se na necessidade homogeneizadora que os primeiros missionários viam para lidar com os grupos nativos. Tratava-se de entender para transformar, compreender as culturas indígenas para substituí-las pelo Evangelho. Os jesuítas, desde cedo, determinaram que a catequese, ou a conquista das almas, seria mais facilmente realizada se usassem da língua dos naturais. Assim, a Gramática da língua mais usada na costa do Brasil surge com um instrumento da conversão do indígena.
Desta primeira edição, impressa em Coimbra por Antonio de Mariz, são conhecidos doze exemplares. Este da Biblioteca Mindlin foi comprado do livreiro Nico Israel, de Amsterdam. Na folha de rosto, vemos o emblema da Companhia de Jesus cercado por uma faixa elíptica com os dizeres "nomen domini tvrris fortissima". A frase é uma abreviação do provérbio “Torre forte é o nome do Senhor; para ela corre o justo, e está seguro” (Livro dos Provérbios 18:10).


O BARROCO
INTRODUÇÃO

O período conhecido como Barroco, ou Seiscentismo, é constituído pelas primeiras manifestações literárias genuinamente brasileiras ocorridas no Brasil Colônia, embora diretamente influenciadas pelo barroco europeu, isto é, vindo das Metrópoles. O termo denomina genericamente todas as manifestações artísticas dos anos 1600 e início dos anos 1700. Além da literatura, estende-se à música, pintura, escultura e arquitetura da época
As principais características barrocas são:
·                            Dualismo: O Barroco é a arte do conflito, do contraste. Reflete a intensificação do bifrontismo (o homem dividido entre a herança religiosa e mística medieval e o espírito humanista, racionalista do Renascimento). É a expressão do contraste entre as grandes forças reguladoras da existência humana: fé x razão; corpo x alma; Deus x Diabo; vida x morte, etc. Esse contraste será visível em toda a produção barroca, é frequente o jogo, o contraste de imagens, de palavras e de conceitos. Mas o artista barroco não deseja apenas expor os contrários, ele quer conciliá-los, integrá-los. Daí ser frequente o uso de figuras de linguagem que buscam essa unidade, essa fusão.
·                            Fugacidade: De acordo com a concepção barroca, no mundo tudo é passageiro e instável, as pessoas, as coisas mudam, o mundo muda. O autor barroco tem a consciência do caráter efêmero da existência.
·                            Pessimismo: Essa consciência da transitoriedade da vida conduz frequentemente à ideia de morte, tida como a expressão máxima da fugacidade da vida. A incerteza da vida e o medo da morte fazem da arte barroca uma arte pessimista, marcada por um desencantamento com o próprio homem e com o mundo.
·                            Feísmo: No Barroco encontramos uma atração por cenas trágicas, por aspectos cruéis, dolorosos e grotescos. As imagens frequentemente são deformadas pelo exagero de detalhes. Há nesse momento uma ruptura com a harmonia, com o equilíbrio e a sobriedade clássica.
·                            Cultismo: jogo de palavras, o uso culto da língua, predominando inversões sintáticas.
·                            Conceptismo: jogo de raciocínio e de retórica que visa melhor explicar o conflito dos opostos.
·                            Linguagem rebuscada e trabalhada ao extremo, usando muitos recursos estilísticos, figuras de linguagem e sintaxe, hipérbolesmetáforasantíteses e paradoxos.
·                            Literatura moralista, já que era usada pelos padres jesuítas para pregar a fé e a religião.
·                            Antropocentrismo x Teocentrismo (homem X Deus, carne X espírito)..
                     Além disso há o sentimento Contrarreforma , o Tema da Passagem do Tempo e o Cultismo e Conceptismo.

AUTORES PRINCIPAIS DO BARROCO
                  Gregório de Matos (1633-1696) Gregório de Matos nasceu numa família abastada, é o maior nome da poesia barroca brasileira. Não teve nenhum livro publicado em vida. Depois de sua morte, os manuscritos encontrados foram sendo publicados em diferentes coletâneas, sem nenhum rigor crítico. O que chamamos de obra poética de Gregório de Matos é, na verdade, fruto de pesquisas nessas coletâneas, o que ainda deixa dúvida sobre a autenticidade de muitos textos que lhe são atribuídos.
Em 27 de janeiro de 1668, representou a Bahia nas Cortes de Lisboa. Em 1672 o Senado da Câmara da Bahia outorgou-lhe o cargo de procurador. A 20 de janeiro de 1674 foi novamente representante da Bahia nas cortes. Foi, contudo, destituído do cargo de procurador.
Voltou ao Brasil em 1679, nomeado pelo arcebispo Gaspar Barata de Mendonçadesembargador da Relação Eclesiástica da Bahia. Em 1682, D. Pedro II, rei de Portugal, nomeou Gregório de Matos como tesoureiro-mor da , um ano depois de ter tomado ordens menores. Em Portugal já ganhara a reputação de poeta satírico e improvisador.
Foi destituído dos cargos pelo novo arcebispo, frei João da Madre de Deus, por não querer usar batina nem aceitar a imposição das ordens maiores, de forma a estar apto para as funções a que tinha sido incumbido.
Começou então a satirizar os costumes do povo de todas as classes sociais baianas (a que chamará "canalha infernal") ou aos nobres (apelidados de "caramurus" ). Desenvolve uma poesia corrosiva, erótica (quase ou mesmo pornográfica), apesar de também ter andado por caminhos mais líricos e mesmo sagrados.
Entretanto, as inimizades cresceram em relação direta com os poemas que vai criando. Em 1694, acusado por vários lados (principalmente por parte do governador Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho) e correndo o risco de ser assassinado, é deportado para Angola. A condenação tida como mais leve é atribuída ao amigo e protetor D. João de Lencastre, então governador da Bahia. Dizem que Lencastre mantinha livro público no qual eram copiadas as poesias de Gregório.[4]
Como recompensa por ter ajudado o governo local a combater uma conspiração militar, recebeu a permissão de voltar ao Brasil, ainda que sem permissão de voltar à Bahia. Morreu em Recife, vitimado por uma febre contraída em Angola
Suas poesias amorosas e religiosas, que revelam influência do barroco espanhol, despertaram inicialmente a atenção da crítica, mas hoje sua produção satírica, escrita em linguagem debochada e plena de termos de baixo calão, também vem sendo valorizada por representar um documento do ponto de vista sociológico e linguístico. Por suas críticas ferinas à sociedade baiana, Gregório de Matos recebeu o apelido de "Boca do Inferno".


            Antônio Vieira - Antônio Vieira ,Nascido em lar humilde, na Rua do Cónego, freguesia da , em Lisboa, 1608,  foi o primogénito de quatro filhos de Cristóvão Vieira Ravasco, de origem alentejana cuja mãe era filha de uma mulata ou africana, e de Maria de Azevedo, lisboeta.
                António Vieira chegou à Bahia, onde em 1619 seu pai passou a trabalhar como escrivão no Tribunal da Relação da Bahia, o que motivou a vinda de toda a família. Em 1614, iniciou os primeiros estudos no Colégio dos Jesuítas de Salvador, onde, principiando com dificuldades, veio a tornar-se um brilhante aluno. 
Mudou-se para o Brasil em 1614, para assumir cargo de escrivão em Salvador, na Bahia, mandando vir a família em 1618.Antes, em 1609, veio seu pai, que começou a trabalhar no Tribunal da Relação da Bahia também como escrivão. Vieira começou na Companhia de Jesus em 1623, no ano seguinte fez votos de pobreza, obediência e castidade. Em 1634 já era sacerdote.
Antônio Vieira voltou para Portugal em 1641 e começou a carreira diplomática. Logo foi nomeado embaixador. Chegou a negociar nos Países Baixos a questão da invasão holandesa no nordeste. 
Foi um defensor dos indígenas, o padre era contra a escravização e a exploração, sempre buscou evangelizar os índios. Defendia ainda os judeus, que eram perseguidos para Inquisição. No Brasil novamente em 1652, continua pregando em favor dos índios e dá aulas de retórica em Olinda. Diferentemente dos padres tradicionais, criticava a Inquisição e as atitudes dos sacerdotes.
 O autor seguia a tradição clássica, os sermões dele sempre começam com uma citação da bíblia, que servia como base para a tese explicitada. A oratória, assim como a argumentação, é muito presente. Vieira também tentava se antecipar aos possíveis questionamentos que seriam feitos aos seus argumentos, sem deixar possibilidade de objeção. 
O padre acreditava que o uso de linguagem rebuscada dificultava o entendimento dos sermões e que o importante era transmitir a mensagem. Para ele, o discurso não precisava ser sofisticado demais e sem conteúdo, buscava fazer com que o outro pensasse.



O escritor Domingos José Gonçalves de Magalhães, o Visconde de Araguaia, nasceu em Niterói (RJ), no ano de 1811. Estudou Medicina e filosofia, concluindo seus estudos no ano de 1832. No mesmo ano, publicou a obras Poesias e viajou para a Europa a fim de continuar estudando Medicina. Lá, toma conhecimentos dos principais modelos literários românticos em voga. Em Paris, publica um manifesto intitulado Discurso sobre a Literatura no Brasil e funda a Niteroi, Revista Brasiliense em parceria com os brasileiros Araújo Porto-Alegre e Torres Homem. Em 1836 (ainda em Paris) publicou Suspiros Poéticos e Saudades, considerada a primeira obra do movimento romântico brasileiro.
Retorna ao Brasil no ano de 1837 onde exerce a função de professor no colégio Pedro II e, posteriormente, atua como secretário do militar Duque de Caxias no Maranhão e no Rio Grande do Sul, fato que o encaminhou à função de diplomata, trabalhando em diversos países como Paraguai, Estados Unidos, Áustria e Itália entre outros. Dedica os versos Confederação dos tamoios ao imperador Dom Pedro II que lhe concede o título de Barão e Visconde de Araguaia. 
Faleceu em Roma no ano de 1882 e foi escolhido como o patrono da cadeira de número nove da Academia Brasileira de Letras por Carlos Magalhães de Azeredo.


Nascido Antônio Francisco Lisboa, Aleijadinho nasceu em Vila Rica, atualmente Ouro Preto em Minas Gerais. Não se sabe muitas coisas sobre sua vida, porém, de acordo com a maioria das biografias ele nasceu em 1738, era filho de uma escrava com um mestre-de-obras e escultor chamado Manuel Francisco Lisboa. Foi por meio da profissão do pai que Aleijadinho, ainda na infância, iniciou sua vida artística, aprendendo a entalhar e esculpir. Seu tio Antônio Francisco Pombal, entalhador na cidade de Vila Rica, também contribuiu para seu aprendizado.
No século XVIII as construções religiosas ganhavam destaque na região de Minas Gerais e graças ao ouro às construções ficaram cada vez mais majestosas. Nesse período Aleijadinho começou a se salientar como escultor e projetista.
Em função dos artistas daquela época não assinarem seus trabalhos, hoje a identificação das obras de Aleijadinho é bastante dificultosa. Alguns documentos como contratos e recibos dos trabalhos constatam a autoria de algumas de suas obras. O estilo de Aleijadinho foi continuado e imitado por inúmeros artistas da época. Sua obra mistura diversos estilos barrocos além de concentrar um estilo bastante singular. É possível salientar algumas características do estilo de Aleijadinho como: expressividade acentuada; queixo dividido; nariz proeminente, olhos amendoados e pupilas planas; boca entreaberta; braços curtos; entre outros. Em torno dos 40 anos o artista começa a desenvolver uma doença degenerativa, embora não se saiba com certeza qual a doença que o debilitou muitos historiadores sugerem que tenha sido hanseníase.
 Com o passar do tempo foi perdendo os movimentos dos pés e das mãos. Mesmo sofrendo com as limitações do corpo, continua trabalhando com a ajuda de um discípulo. Aleijadinho pedia que amarrasse as ferramentas em seus punhos para conseguir trabalhar, demonstrando grande paixão pelo trabalho.
Mesmo sofrendo preconceitos em função da sua condição de mestiço, sua arte e genialidade o consagraram como grande artista barroco brasileiro. Morreu pobre e doente na cidade de Ouro Preto no dia 18 de novembro de 1814.

PRINCIPAIS OBRAS
Prosopopeia  é um poema épico escrito por Bento Teixeira e publicado em 1601 que narra aventuras da família Albuquerque e é dedicado a Jorge d’Albuquerque Coelho, então governador da Capitania de Pernambuco. Apesar de poder ser considerado o marco inicial do barroco na literatura brasileira, seu valor artístico tem sido questionado por vários críticos modernos.
A obra é composta de 94 estrofes, escritas em estilo épico inspirado em Camões. No prólogo, dirigido ao governador, o autor menciona que a obra seria um esboço de um trabalho maior, que acabou por não ser escrito. Na história, Tritão e outras divindades marinhas se reunem no Porto de Recife, para ouvirem de Proteus a narrativa das glórias passadas e futuras da família Albuquerque. Vários fatos históricos são mencionados, como o Segundo Cerco de Diu e a Batalha de Alcácer-Quibir. Segundo Clóvis Monteiro, quase todas as estrofes "lembram Camões apenas pela servilidade do discípulo ao mestre..."

  Em 1705, com quase 70 anos, de Botelho , a Musica do Parnasso – cujos versos circulavam em cópias manuscritas, como acontecia com outros poetas contemporâneos – é publicado em Lisboa
A obra é dedicada a D. Nuno Álvares Pereira de Melo, Duque de Cadaval. Trata-se de uma obra complexa, dividida em várias partes, que faz uso constante de analogias e é escrita em quatro línguas (a maior parte dela é em castelhano, mas contém também trechos em português, italiano e latim). No prólogo ao leitor, o autor justifica essa escolha para que se entenda que uma só Musa pode cantar com diversas vozes e para mostrar “que tinha de toda a Poesia”. Diz ainda que se o leitor não estimasse a poesia pela elegância do conceito, ao menos o faria pela multiplicidade das línguas. Seu poema mais conhecido é dedicado À Ilha de Maré, que louva a terra e descreve os muitos frutos do Brasil e a inveja que esses fariam às cidades européias.



























BIBLIOGRAFIA

https://www.ebiografia.com/pero_vaz_de_caminha/ - Acessado em 20/03/2018
https://www.infoescola.com/artes/aleijadinho/ - Acessado em 24/03/2018
https://www.ebiografia.com/manuel_botelho/ - Acessado em 24/03/2018
https://www.bbm.usp.br/node/65 - Acessado em 24/03/2018



PS: Aleijadinho foi incluído para agregação de seu conhecimento

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